O resultado de julho
Em julho, superamos o CDI em 42%, depois de três meses seguidos apanhando para o índice. Com isso, voltamos a igualar o desempenho do principal índice da renda fixa brasileira nos últimos 12 meses.
O desempenho foi garantido, principalmente, pelo book de títulos pré-fixados, que se recuperou do tombo forte do mês anterior. Em seguida, contribuíram para o bom desempenho a carteira de cripto, que subiu 9,4% no mês, e os ativos estrangeiros, com 3,4% no mês.
O mês teria sido melhor se a carteira de ações e de fundos imobiliários tivessem pelo menos acompanhado seus respectivos índices de referência.
Não foi o caso. O Ibovespa subiu nada menos que 3% no mês, mas a carteira de ações do Valor Intrínseco ficou parada. Já a ampla vantagem que a carteira de FIIs do blog alcançou no mês de junho sobre o Ifix foi dissipada em dois terços no mês: o Ifix subiu 0,5% em julho, mas a carteira de fundos do blog caiu 1,4%.
Nada que mude a estratégia. O desempenho comparativamente ruim das ações é explicado pela queda no mês de quase 10% em IRBR3 e de mais de 15% em BNBR3. São duas posições entre as maiores da carteira do blog. IRB teve um trimestre operacionalmente ruim, mas a aposta é no turnaround, então, não há por que alterar a tese. Já BNB é uma ação sem liquidez cujos fundamentos permanecem inalterados.
Já no book de fundos imobiliários, o desempenho ruim é explicado pela variação negativa da principal aposta da carteira, o fundo de fundos KFOF11, cuja cotação caiu 5% no mês. A queda é explicada pela redução no dividendo do fundo, de R$ 0,80 para R$ 0,75 por cota. A redução parecia mesmo necessária, já que a distribuição de 80 centavos estava comprimindo a reserva de caixa acumulada pelo fundo.
Os investidores não gostaram, mas o fundo permanece como talvez o mais bem gerenciado do tipo (fundo de fundos) e, com a queda, o potencial de retorno até se amplia.
Como é a maior exposição da carteira em FIIs, porém, convém não aumentar a aposta, a não ser que fique mais barato ainda.